quarta-feira, 12 de outubro de 2016

BASE DO GOVERNO TEMER LUTA PRA INCLUIR REPATRIAÇÃO DE RECURSOS VISANDO BENEFICIAR PARENTES

camara

Onde passa boi… A base do governo deflagrou nos últimos dias nova ofensiva para permitir que parentes de políticos sejam liberados a trazer recursos não declarados do exterior na Lei da Repatriação. Esse ponto específico havia sido proibido no texto aprovado pelo Congresso em dezembro de 2015. A estratégia agora é que algum deputado apresente uma emenda em plenário — portanto fora do parecer oficial — que mantenha a vedação a políticos, mas exclua seus familiares da lista.
Última que morre Apesar das declarações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de que engavetaria o projeto por não ter conseguido votá-lo nesta terça (11), deputados esperam que seu coração amoleça e que a repatriação volte à pauta em breve.
Interesses No governo, ministros dizem que Tasso Jereissati (PSDB-CE), que vem de uma família de renomados empresários, trabalhou para excluir parentes de políticos da proibição. A assessoria do senador não se posicionou até a conclusão da edição.
Deixa assim Para a área econômica, o melhor é que o texto da lei não seja mexido. Além de arrecadar menos, concessões demais a esta altura passam a ideia de que o ajuste fiscal pune mais aqueles com menor capacidade de pressão sobre o Congresso.
Ver para crer O presidente Michel Temer acompanhou toda a votação da PEC do teto de gastos, nesta segunda-feira (10). Só foi para a cama de madrugada, depois de encerrada a sessão.
Desce do salto A ameaça de retaliação do Planalto irritou líderes da base — mesmo os que votaram a favor da PEC. Um aliado de Temer diz que, com quase 370 votos, é hora de comemorar, não de apontar o dedo. “Estão indo pelo caminho errado.”
Olha o abacaxi A comitiva do presidente da República, que viaja para a Índia nesta semana, foi aconselhada a descascar todas as frutas antes de comê-las e a evitar qualquer tipo de verdura, folha ou legume crus.
Ei, você aí… O ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) também foi à Justiça pedir indenização por danos morais. Quer R$ 100 mil do ex-senador Valmir Amaral, que o chamou de “ladrãozão” e disse que ele recebeu R$ 200 mil de propina quando ministro dos Transportes.
Tudo junto Para tentar pavimentar uma aprovação relâmpago das privatizações do Anhembi e de Interlagos, João Doria (PSDB) começou a procurar partidos que não o apoiaram na eleição. Quer ampliar sua base na Câmara.
O santo é de barro Doria falou por telefone com o ministro Gilberto Kassab, que preside o PSD, e com o líder da bancada paulistana, Police Neto. Os vereadores devem apoiar as medidas, mas sem adesão formal por ora.
Força centrípeta O tucano também marcou conversa com o PRB de Celso Russomanno. A sigla sinalizou que votará com o novo prefeito.
À mesa Marido de Marta Suplicy, Márcio Toledo também participou de encontro de Doria com José Yunes, presidente do PMDB paulistano e assessor próximo de Temer.
Bandeira branca Bia Doria telefonou para Gilson Rodrigues, líder comunitário de Paraisópolis, para se desculpar pela comparação da comunidade com a Etiópia. Disse que estava “deprimida” com a repercussão e ficou de fazer uma visita.
Grão em grão Uma leva de secretários estaduais deve ser exonerada para retomar o mandato de deputado na próxima semana. Desta vez, o objetivo não é ajudar em votação — mas apresentar emendas para garantir seu quinhão no Orçamento.
Meu governo sumiu Só em São Paulo, quatro secretários de Geraldo Alckmin devem recolocar o bóton de deputado federal na lapela.


FONTE: UOL NOTÍCIAS

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